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20 de março de 2011

Redson conversa com rockers de Belém



Uma conversa entre amigos. Assim podemos definir a palestra que o guitarrista e vocalista da banda paulista Cólera, Redson Pozzi, fez sexta-feira (19) no espaço cultural da loja Ná Figueredo, com o apoio da Pró Rock.
Trinta anos de história não caberiam em apenas uma hora e trinta minutos. Mas Redson conseguiu mostrar seu objetivo no bate-papo intitulado “Faça Você Mesmo”. O de alertar jovens músicos para não se acomodar, mas, sim, buscar a realização dos seus sonhos.
“Se seu livro esta em branco, esta na hora de começar a escrever. Se você não fizer seu sonho acontecer, não vai ser o Governo e nem ninguém que vai fazer. Se quisermos um mundo melhor, tem que correr. O meu objetivo é esse, alertar. Se cada um fizer um pouco, mudamos”, afirma Redson.
No encontro com mais de 50 jovens, o punk experiente contou um pouco de sua trajetória e como foi ser a primeira banda brasileira de rock a tocar em países como Alemanha, Holanda e Espanha, entre outros. Sempre incentivando o empreendedorismo.

Redson e Nicobates antes da palestra no espaço cultural Ná Figueredo

“Comecei a curtir rock com 13 ou 14 anos. Montei quatro bandas e passei a investir. Não tinha como comprar instrumentos e material. A partir do Cólera passamos a fazer nossos equipamentos, foi nesse ponto que saiu o ‘Faça você mesmo’. Também terminamos em 1982 nosso próprio espaço, o Estúdios Vermelhos. Cedíamos para outras bandas como Ratos de Porão”, explica Redson.
Essa foi só uma pequena amostra do que seria, no sábado, um dos shows mais importantes da cena rocker de Belém, com a presença de um público fiel e grande.


Por @idjanara
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16 de fevereiro de 2011

"Punk significa um som sincero"

















Redson, vocalista da banda Cólera, que toca em Belém no dia 19 de abril. Foto: Fi Rocha

O Cólera foi a primeira banda do gênero a fazer uma turnê fora do país em 1987. O que a princípio eram 18 shows marcados em três meses se transformou em 56 shows em 10 países em cinco meses. Em 2004 e em 2008 fizeram mais de 50 shows na Europa e até hoje são muito conhecidos em países como Alemanha, Holanda e Portugal.

No próximo dia 19 de março a banda vem a Belém para o primeiro show em solo paraense em mais de 30 anos de carreira. A Xaninho Discos é a produtora responsável, com patrocínio do curso Exemplo e da loja For Fun Street Shop. Com apoio da Pro Rock, Música Paraense e Fabrika Studio, 1.6.3 Tattoo, Esmael Tattoo Art, Damexe Alargadores, Veg Casa e Programa Entrevista Amazônia.

Redson, vocalista da banda, hoje aos 48 anos de idade, garante que está ansioso para tocar em Belém, onde existe, desde os anos 80, uma cena de punk rock reconhecida nacionalmente. Ele conta que preparou até uma introdução especial para a apresentação aqui. Abaixo você conferem uma entrevista exclusiva concedida ao Blog da Pro Rock por e-mail.


Pro Rock - Qual a expectativa da banda sobre o show em Belém? Afinal são 30 anos e é a primeira vez que tocam na cidade!

Redson - Até hoje, só vivemos algumas expectativas de possibilidades que pintaram de tocar em Belém. Foi difícil concretizar e, sabemos bem, que o custo das passagens aéreas atrapalha bandas como o Cólera de tocar mais vezes no Norte e Nordeste do País. Agora que a data está confirmada, há um ânimo positivo em relação a um formato de cena bem singular que em breve encontraremos. É similar a sensação de shows pela Europa; a gente segue diariamente para um novo lugar, que tem muitas coisas próprias, como língua, comida, bandas, cidades... Já temos até a intro do show bolada pra Belém. Mas é surpresaaa!!!


Você sabe que a cidade tem uma tradição de punk rock, né? Que bandas você conhece?

Sim, mas não me lembro de muitos nomes agora... Renegados, Delinquentes... Tinha umas bandas antigas, sei que tinha, mas agora... nessa idade hehehehe.


Quais os últimos trabalhos da banda?

Nosso foco, desde janeiro de 2009, tem sido as comemorações de 30 anos. Fizemos shows de álbuns na íntegra aqui em Sampa e ainda faltam seis álbuns para completar o projeto. Estamos preparando o DVD de 30 anos e o próximo álbum de inéditas.
















O Cólera foi a primeira banda de punk brasileira a tocar na Europa

Sobre as turnês pela Europa, vocês foram pioneiros. Como vocês conseguiram romper essa barreira?

Acreditando que seria possível. Sem mesmo saber como era por lá. Guardamos dinheiro durante 14 meses para as passagens aéreas, e ainda tivemos que pegar empréstimos, para ter algum dólar em mãos e num voltar da fronteira. Fomos com 18 shows marcados e voltamos com 56 shows realizados em 10 países.

Ainda sobre as turnês, você acha que é mais fácil, hoje, bandas do Norte e Nordeste, por exemplo, entrarem nesse circuito?

É preciso fazer um trabalho de divulgação razoável de uma banda de qualquer lugar de fora na Europa, para ser possível uma tour tranquila. Mas é possível também pagar tudo do bolso, sem ganhar bilheteria, e tocar todo dia pra 15, 25 pessoas durante semanas. Mas tem custo de transporte e tudo o mais.

Como você vê hoje a postura punk de rebeldia e contestação do Sistema? Algumas pessoas dizem que hoje essa postura soa datada, mas ela nos parece na verdade mais atual. Qual a sua opinião a respeito disso?!

Pra mim, punk significa um som sincero, e a prática do "Faça Você Mesmo" com ética e postura. Punk Rock é vida, é autonomia! Além da parceria e irmandade, é claro!

Assista um video do


VIDEOCLIPE
PELA PAZ!
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