Em 1988 Belém respirava rock’n’roll, afirma o músico Sidney KC. “Em todos os lugares tocava rock. A gente via as pessoas com camisas de banda andando pela rua e havia muitos eventos de rock na cidade. Até porque nessa época não era comum ouvirmos outros estilos musicais por aqui, como brega ou pagode”, comenta o baixista.
Foi nesse ano que, movido pela efervescência roqueira que a capital vivia, surgiu uma das bandas mais importantes do cenário do rock paraense: a DNA. Entre diversas formações, a banda contava com Bruno Carrera (Vocais), Marcelo Shiozaki (Guitarras), Alexandre Ribeiro (Guitarras), Sidney KC (Baixo) e Mauro Seabra (Bateria).
Quem acompanhou a trajetória do rock paraense no final dos anos 80 e início dos anos 90, lembra o quanto essa banda de Heavy Metal fez sucesso, alcançando projeção nacional.
Em 1994 a DNA terminou, ou melhor, deu um tempo. “Nós nunca terminamos realmente, pois nos reunimos algumas vezes para tocar. Somos igual a banda Stress, que nunca terminou”, diz o baixista.
Os shows esporádicos, que a DNA passou a fazer desde então, com certeza não se comparam com a sensação que os integrantes vão ter nesta terça-feira (4), noite em que Bruno Carreira (Vocal), Alexandre Ribeiro (guitarra), Sidney KC (baixo) e Mauro Seabra (bateria) subirão ao palco do Cidade Folia para abrir o show da banda inglesa Deep Purple.
Dentre tantos grupos paraenses, a Bis Entretenimento, empresa que traz o Deep Purple à Belém, escolheu a DNA para dividir o mesmo palco que Ian Gillan (vocal), Steve Morse (guitarra), Don Airey (teclado), Roger Glover (baixo) e Ian Paice (bateria).
O convite surgiu graças a uma feliz coincidência: A DNA voltou a ativa justo nesse semestre, quando a vinda do Deep Purple à Belém já estava certa. Porém, a volta da DNA não teve nada a ver com a divulgação do show da banda inglesa.
“Sempre vinham me entrevistar, principalmente alunos de Universidades que pesquisavam sobre o rock paraense e falavam que a DNA era referência do rock pesado aqui no Estado. Então, fiquei pensando nisso, que a gente podia se reunir de novo, até porque gravar um CD hoje em dia não é mais uma coisa tão complicada. Então, nos reunimos em agosto no Fabrika Studio para ensaiarmos e ainda compomos duas músicas novas”, conta Sidney, que também é baixista da banda Álibi de Orfeu.
Foi só Sidney postar em sua página do facebook que a DNA estava de volta, que os produtores do show do Deep Purple imediatamente convidaram a banda para abrir o evento. “Eu postei uma foto nossa e escrevi que a DNA havia voltado. E logo em seguida, os organizadores do show perguntaram se a gente não queria abrir para o Deep Purple”, conta Sidney.
Claro que o convite foi aceito. E nesta terça-feira histórica, a DNA vai relembrar os sucessos das suas demo tapes METAL CITY (1988), STOP THE MADNESS (1989), SHOOT TO KILL (1990) e DUST`N BONES (1993). No repertório terá também um clássico do metal, que a banda não revela. “Será surpresa”, diz Sidney.
Além do show dessa terça-feira, a DNA já planeja novas apresentações e ainda vai gravar o primeiro CD, com as músicas das demo tapes gravadas durante esses mais de vinte anos de carreira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário