
O show do Iron Maiden, por mais que alguns tentem ignorar, é uma realidade presente e celebrada em Belém hoje. Na loja Ná Figueredo, por exemplo, a cada dia, dezenas de camisetas da coleção especial “Iron Maiden” são vendidas para famílias inteiras. Jovens que nem gostavam tanto de metal assim se empolgam com o evento. Não é para menos. Amanhã, por voltas das 17h, quando os portões da Cidade Folia forem abertos para o heavy metal, muito marmanjo vai chorar de alegria. Pode até ser que alguns caiam bêbados de alegria antes do show começar.
“Eu comprei meu ingresso no segundo dia das vendas abertas”, conta Zé Lukas, vocalista da banda A Red Nigthmare, uma das novidades da nova cena de metal em Belém. Além do evento em si, a esperança de Zé, e de dez a cada dez headbangers paraenses, é que Belém seja, a partir desse evento, incluída definitivamente na rota de shows internacionais.

Definitivamente, o gênero é forte em Belém. Além da banda pioneira do trash metal brasileiro, Stress, que, aliás, mui merecidamente vai abri o show da donzela de ferro, a cidade tem hoje uma cena fortíssima. Uma cena ignorada pela nova onda da música paraense, baseada na guitarrada e no tecnomelody.
Além dessa conclusão de que há mercado para os shows internacionais, o show do Iron Maiden, juntamente com outros eventos, mostra que nosso público é maior e precisa ser contemplado além das visões míopes dos produtores descolados. (Tem mercado para todo mundo. Desde que o jogo seja jogado com inteligência e sem mesquinharias. É preciso pensar grande, do jeito que nós somos grandes.)
Mas voltando ao heavy metal, além de A Red Nightmare, as bandas Anúbis, Hellride
Necroskinner e Warpath, todas paraenses, foram selecionadas pela revista Roadie Crew para a etapa local da Wacken Metal Battle. Trata-se de uma seletiva para o Festival Wacken, que acontece todo ano desde 1990 na cidade alemã de mesmo nome.
Apesar de realizar etapas brasileiras para o festival desde 2005, é a primeira vez que a Roadie Crew vai realizar, com produção local, uma etapa paraense. Graças a parceria da Pro Rock com as bandas selecionadas.

Mas é bom poder ver o mercado crescer. Que o rock possa ensinar aos demais gêneros suas virtudes, como força e dignidade de princípios, para possamos construir um mercado forte e diferente dos mercados viciados que já existem por aí. Quem diria que o gênero que já foi sinônimo de excessos e depravação, pudesse embalar hinos religiosos como hoje em dia. Pois é, o rock não é mais o mesmo.
Por @Nicobates
www.qualquerbossa.blogspot.com
Nas fotos: Iron Maiden, A Red Nigthmare e Anubis
Esqueci de dizer que o novo disco do Madame Saatan vai reafirmar o nosso pontencial metal punk ainda mais. Quando a Sammliz me der a entrevista que prometeu, a gente conversa a respeito!
ResponderExcluirExcelente análise, só creio que há um 'não' a mais nesta frase que encerra o penúltimo parágrafo: "É verdade que é preciso ações estratégicas, para não deixar que gêneros e estilos tradicionais sejam preservados e mantidos com dignidade." - creio que a ideia ali é de manter a dignidade dos gêneros tradicionais, e não de impedir ações estratégicas que levem a isso, não é?
ResponderExcluirObrigado, Fabio. Vc, sempre observador e diligente! É exatamente isso. Aliás há outros pequeninos erros de grafia que vão ser logo corrigidos. Coisas do jornalismo na web 2.0. Sujeito a erros e a correção interativa! Salve Pierre Levy e a revolução digital!
ResponderExcluirFicou bem melhor agora, Nicolau!
ResponderExcluiro text é incrivel e concordo com tudo. há espaço para todo e qualquer genero em nossa capital, e sim, muitos se empolgaram com o show, mas vai valer muito a pena ver Iron, minha favorita, é um sonho realizado...
ResponderExcluira tres dias no durmo direito, como e respiro a ansiedade do show...