5 de abril de 2011

Pará Pró Música articula parceria com a Vale

Plateia do seminário “Legalização e Tributos: das obrigações a estratégia de mercado”

O projeto Pará Pró Música, do SEBRAE-PA, está negociando patrocínio da mineradora multinacional Vale, a segunda maior do mundo em sua área de atividade. A informação foi repassada ontem pelo coordenador do projeto Michell Martins, durante o primeiro dia do seminário “Legalização e Tributos: das obrigações a estratégia de mercado”, que iniciou o cronograma de ações desse ano do projeto.

Michell não deu maiores informações sobre o assunto, pois, segundo ele, a parceria ainda está sendo fechada. Ele disse, porém, que há a possibilidade de que os artistas do projeto participem de ações nacionais financiadas pela companhia. “Nós estamos definindo ainda como vai ser os termos dessa parceria, mas é certo que a Vale está estreitando relações institucionais com o SEBRAE como um todo”, afirmou o gestor.

Ontem o Seminário recebeu a visita de Fernanda Pacheco Marques, analista de comunicação da Vale, que veio conhecer as ações do projeto. “Ainda estou me ambientando, observando, para entender como funciona o projeto”, explicou ela.

O projeto Pará Pró Música é uma iniciativa do Sebrae que conta com a parceria da Associação Comunitária Paraense de Rock - Pró Rock, selo e gravadora Ná Music e Movimento Cultural Bafafá do Pará, e tem como objetivo a dinamização da cadeia produtiva da música no Estado.

Para isso, desde maio de 2010, o projeto promove ações de capacitação empresarial e técnica, além de incentivar a democratização do acesso à produção musical, o fomento ao empreendedorismo e a articulação de políticas públicas.

Michell Martins enfatiza a finalidade dessa iniciativa, de possibilitar aos músicos e artistas saírem do amadorismo e se tornarem empreendedores, transformando sua arte em produto. “É um trabalho de capacitação voltado para a cultura, que foca no tratamento da arte como negócio. Há de gerar frutos aos nossos empresários culturais e aos artistas’’, ressalta.


SEMINÁRIO - Ontem o seminário movimentou músicos e profissionais do ramo e rendeu boas discussões sobre a arte e empreendedorismo. As palestras “Microempreendedor Individual”, com Roberto Bellucci, e a primeira parte da palestra “Legalização e Tributos”, com Leonar Lima, reuniu artistas e profissionais do seguimento musical.

Marcaram presença Sônia Massoud, diretora de linguagem sonora do Instituto de Artes do Pará (IAP), Nicolau Amador, guitarrista e produtor da banda Norman Bates, o compositor Joel Melo e a vocalista Susanne Melo da banda Suzana Flag, o cantor e compositor Kim Marques, o cantor Augusto Hijo, do movimento cultural Bafafá do Pará e a cantora Gláfira Lobo, entre outros.

Artistas, e demais profissionais da cadeia produtiva da música receberam informações e esclarecimentos sobre as implicações legais e tributárias do setor, como os benefícios e impostos a que estarão sujeitos, ao se tornarem empresários de pequenos negócios culturais.

Para Roberto Bellucci, analista de atendimento do Sebrae/PA, que palestrou sobre empreendedorismo individual, é importante que a pessoa que trabalha informalmente possa ter, em nível nacional, uma oportunidade de se formalizar numa modalidade nova, fácil, simples e que tenha benefícios que ofereçam a ela uma sobrevivência como empresário, além de melhorar a atividade em questão.

De acordo com o analista, é difícil conciliar o trabalho administrativo com a arte, e para facilitar o trabalho e a aproximação entre esses dois setores, o Sebrae incentiva os profissionais da cadeia produtiva de música a entrarem em contato e, dessa forma, entenderem a área administrativa.

“Quem tem empresa, tem uma relação melhor com o mercado. O artista tem o impulso de criação voltado a ele mesmo, ele pensa e cria a arte para si. Diferente do empreendedor que pensa no produto para o consumidor, para os outros”, explicou.


EMPREENDEDORISMO - Programa de formalização do Governo Federal, em vigor desde 2008. No Pará entrou em ação apenas em 2010. Tem a finalidade de beneficiar as pessoas que exercem alguma atividade (negócio) sem registro (CNPJ), ou seja, que trabalham no mercado informal.

Para Bellucci, o apoio do SEBRAE a esse novo programa do governo é de grande relevância, pois há pouquíssimas ações voltadas para promover informação aos artistas e demais profissionais do seguimento a respeito da possibilidade e dos devidos procedimentos da formalização. “Dados apontam que há cerca de um milhão de pessoas que ainda estão no mercado informal, e desconhecem a possibilidade de legalizarem seu negócio, através do programa”, enfatiza.


Mais informações: www.portaldoempreendedor.gov.br

Serviço:Seminário “Legalização e Tributos: das obrigações a estratégia de mercado”. Dias 4 e 5 de abril, às 18h, no auditório do Sebrae (Rua Municipalidade, 1461 – Umarizal). Entrada franca. Informações: 3181 9031 / 8344 9911 – Michell Martins

Por Luciana Alcantara (@lu_alcantara_)
Colaborou @Nicobates

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