A banda Norman Bates começou a gravar o seu segundo disco oficial, Equatorial Lounge. Os trabalhos começaram na tarde do dia 22 de março com as gravações de bateria no estúdio APCE Music (@APCE_music). As três primeiras músicas, mesmo sem terem sido gravadas oficialmente, já são conhecidas de seu público: “Amo de Elefante”, “O Jogo” e “Crise da Lágrima”.
O segundo dia de gravação foi marcado por uma pane em cabos, que impediram os trabalhos na sexta-feira, 25. Duas sessões de estúdio foram consumidas com muito papo sobre as músicas que seriam gravadas, conversas com o baterista Wagner Nugoli, que entrou recentemente na banda, e tem cerca de um ano com o grupo. Apesar de já ter tocado com os integrantes da Norman Bates antes dessa fase.
Wagner, que tem um estilo de tocar mais próximo ao heavy metal, se reinventou para tocar com a banda. “Nos primeiros shows e gravações, eu estava contribuindo com uma performance da banda mais forte, me impondo com a minha técnica. Agora eu estou moldando o meu estilo ao estilo da banda, para dar mais a cara do Norman Bates mesmo”, explica o baterista.
No sábado, 26, pela manhã, a banda dispensou o metrônomo para gravar a bateria de “Sensorial”. “É uma música que começa lenta e vai acelerando. Não radicalmente como a gente tava tocando antes, com o metrônomo. Ela vai acelerando progressivamente até chegar a um ápice e depois se estabiliza até o final, quando ela acaba de surpresa, como se implodisse”, explicou Carlos Bremgartner, vocalista e letrista da banda.
Equatorial Lounge começou a ser gravado em 2008, depois de mais de quatro anos compondo as músicas com o baterista Regi Cavalcante (ex-Epadu, Ex-Baby Loyds e Ex-Ataque Fantasma). Regi começou a gravar o disco, mas depois interrompeu as gravações. Uma crise se instalou na banda durante mais de dois anos até que Regi simplesmente abandonasse o projeto. Há um ano, a banda retomou as atividades com Wagner Nugoli (Retaliatory, Telaviv, entre outras).
“Eu me surpreendi com a evolução do Wagner dentro do nosso estilo, e, principalmente, com o esforço e a paciência dele em aprender as músicas e colaborar com elas. Com ele, nós recuperamos a vitalidade que o Norman Bates vinha perdendo com o desânimo do Regi. Acho que nós temos mais é que aproveitar esse momento, esse encontro musical que certamente vai render um bom fruto”, explica Nicolau Amador, guitarrista e um dos compositores da banda.
De acordo com Nicolau, Equatorial Lounge foi um nome que surgiu durante a fase de composição, para uma música do Giovani que falava sobre esforço e trabalho. “Eu mantive o refrão e acrescentei letras que contextualizavam o trabalho com fatores geográficos, como o nosso clima, e fatores existencialistas, como a importância do amor e do trabalho na nossa vida”, explica.
Essa reflexão foi aumentando ao longo do processo de composição e surgiu então um roteiro em que Equatorial Lounge é o apelido de uma cidade futurista, no meio da Amazônia, onde a população vive sob uma redoma refrigerada e um sistema rígido de controle social e divisão de castas. “É uma história que fala de amores desiludidos, de consumo, de poder, de luta e de libertação. Enfim, é a epopéia de um povo. Uma história de ficção científica inspirada na Cabanagem e em autores como Phillip K. Dick e Aldous Huxley”, explica Nicolau, que diz que o disco será uma espécie de trilha sonora desse roteiro.
Com dez músicas, a banda estuda ainda a possibilidade de terminar ou compor mais uma inédita para fechar o disco. Com produção de Beto Fares, Equatorial Lounge tem apoio do APCE Music e esta sendo gravado por Ulysses Moreira, e co-produzido pela banda. Ainda não há previsão de lançamento para o mesmo.
Reality Show – Quando estava no estúdio, a banda ligou o Twitcam e transmitiu algumas horas da gravação de sábado, quando ficaram mais de 12 horas dentro do estúdio. Um público pequeno, mas seleto, formado, entre outros, pelos guitarristas João (Sincera), Eric Alvarenga (Aeroplano), Pio Lobato e o baterista Rafael Drumms, dos Delinqüentes.
A banda discutiu sobre partes da bateria e discordou diante das câmeras, mostrando o seu método coletivo e pouco convencional de produção. Pelo visto, eles gostaram da experiência, e pretendem repetir a dose, abrindo as câmeras nas próximas sessões. “O Carlos, por exemplo, não gosta muito de exposição. E também não é toda hora que devemos fazer isso. A gente fica muito exposto mesmo. Mas esse disco já está encruado há muito tempo. Já privamos nosso público de ter acesso a isso. Acho que é um meio de compensar um pouco a nossa ausência”, explica Giovani Villacorta, vocalista, compositor e guitarrista.
A Norman Bates surgiu em 1994 e fez seu primeiro show em 1995. Já participou de festivais e programas de televisão pelo Brasil. Tem um disco lançado em 2002, pelo selo Na Music. A banda fica completa ainda com Manuel Malvar, contrabaixista que mais tempo esteve na banda. A próxima sessão ainda não está marcada porque esta semana o APCE Music vai receber o produtor Carlos Eduardo Miranda, que está produzindo o disco de Gaby Amarantos, que também está sendo gravado lá.
Para saber quando vai ser a próxima sessão acompanhe a banda no Twitter: @NormanBatesPA.
Para ver o Twitcam gravado, clique aqui.
Escute aqui uma demo de "O jogo" presente no disco!
O Jogo by nicobates
Por Luciana Alcantara (@lu_alcantara_) com colaboração de Gil Sóter (@Gilsoter)
Fotos: Arquivo da Banda
Na ordem: Wagner Nugoli; Giovani Villacorta; Nicobates e Carlos Bremgartner; Manuel Malvar
Égua da banda ruim! Não conseguiu nem um comentário, apesar das 110 visualizações em dois dias.
ResponderExcluirRsrs
Pode crer, banda tosca, rsrsrs!
ResponderExcluirsó que eu também sou muito tosco, e acho a Norman Bates muito foda!!!!!!!!!
rsrsrsrs... esse pessoal tosco que gosta de banda tosca. Sei não. Foda-se. Le'ts Rock!
ResponderExcluirPois é cara, não deixe o punk paraense morrer.
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